Matéria 1:
Cadê o voto do povo?
Porto Alegre registrou a maior taxa de abstenção no primeiro turno entre as capitais do Brasil
Texto: Jullia Mudins
que votaram no bairro Rubem Berta foi de apenas 21.682 eleitores, o último censo realizado 2010, apontou 87.367 habitantes no bairro e esse número está desatualizado, o bairro teve aumento da população e o número de votantes diminuiu, mostrando que a periferia não foi à urna.
Na cidade de Porto Alegre, a taxa foi de pessoas que não foram votar foi de 31,51%, na votação de 6 de outubro. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse número supera em quase dez pontos percentuais a média nacional, que foi de 21,6%.
O presidente do TRE-RS, Voltaire de Lima Moraes, disse, nesta segunda-feira (21), que “a alta abstenção é um sinal de alerta e reflete a necessidade urgente de engajamento da população no processo eleitoral”.
A desistência da participação populae através dos votos em eleições pode tem vários motivos, conversamos com os moradores e as principais justificativas para a renuncia ao seu direito de votar foram : Desinteresse pela política, o descontentamento com as propostas dos candidatos e o desconhecimento sobre os candidatos. Muitos eleitores simplesmente não se sentem motivados a votar por não verem impacto direto de sua escolha na sua vida. Alguns deixam de votar por não se sentirem informados sobre as opções.
“Todos os Políticos São Corruptos”
A construção do pensamento que mostra em destaque os escândalos de corrupção, sem equilibrar a cobertura com boas ações políticas pelos jornais, mídica e perfis de redes sociais leva à ideia de que nenhum candidato é confiável, fazendo com que eleitores desistam de votar por falta de opções viáveis.
Quando a informação transmitida por diferentes meios insiste em narrativas de que o sistema eleitoral é falho ou manipulado, muitos cidadãos passam a acreditar que seu voto não faz diferença. Essa desconfiança desmotiva a participação política, principalemte nas periferias, ode a população tem menos acesso a informação.
A cobertura midiática frequentemente prioriza confrontos, acusações e escândalos, ao invés de discutir propostas. Isso gera cansaço e revolta nos eleitores, reforçando a ideia de que a política é apenas um “jogo de poder” e não um meio legítimo de mudança. Como afirma a moradora “Eu não fui votar não gosto de nehum dos candidatos, não iria perder meu tempo”, Maria Solange Costa.
A comunidade precisa combater a anti-política
A priorização dos confrontos ao invés das propostas, pela mídia, desinforma a população.
As Consequências do abandono do voto são a redução da representatividade política, nesse caso os desejos da periferia ficam de fora, pois eles desistiram de escolher quem os representa e isso favorecendo grupos minoritários organizados, normalmente com alto poder aquisitivo. Por isso nas câmares as profissões predominantes dos eleitos são empresários e não trabalhadores.
E as plataformas digitais são frequentemente usadas para espalhar informações falsas ou distorcidas sobre políticos.O que dá pra
fazer?
É preciso investir nas estratégias que promovem a conscientização, a participação e a valorização da política como ferramenta de transformação social.
Criar programas de formação política acessíveis, mostrando como a política influencia a vida cotidiana, por exemplo no transporte, saúde, segurança, moradia, etc.
Fazer oficinas e debates em escolas, igrejas, centros comunitários e associações de bairro podem ajudar a quebrar a visão negativa da política vonstuindo objetivos juntos.
Uso de linguagem acessível e exemplos do dia a dia para explicar conceitos como orçamento público, políticas públicas e direitos civis.
Incentivar lideranças comunitárias a se candidatarem a cargos políticos, para que a periferia seja representada por quem conhece suas realidades.
Criar redes de apoio para novos candidatos vindos da periferia, combatendo a ideia de que “política não é para o povo”.
Uso das Redes Sociais para Informação Construtiva
Criar conteúdos educativos e engajadores, como podcasts, vídeos curtos e infográficos, mostrando como a política pode trazer melhorias reais para a periferia.
Combater fake news e desinformação, promovendo fact-checking e incentivando o pensamento crítico.
A antipolítica na periferia muitas vezes surge da frustração com promessas não cumpridas e da falta de representatividade. Para reverter esse cenário, é necessário educar, engajar e dar poder às comunidades, mostrando que a política pode ser um instrumento real de mudança.
Matéria 2
O batidão comanda!
O funk é o ritmo musical mais pedido na COHAB pela comunidade.
Texto: Lara Senna e Pietro Bastose outras comunidades, é o funk! O ritmo caiu no gosto do povo, principalmente dos mais jovens, e não é só por diversão: o funk é uma forma de expressão, resistência e até de ascensão social para muita gente da periferia.
Funk é cultura, trabalho e visibilidade
As letras do funk falam da realidade da periferia, do corre, das conquistas e dos desafios.
Tem gente virando MC, DJ, dançarino, produtor e os bailes movimentam o comércio local.
Muitas músicas trazem temas como racismo, violência policial e desigualdade, ajudando a abrir os olhos da comunidade. As gírias, a forma de vestir e até o jeito de se expressar vêm do funk e já estão na moda. A marca ciclonado e kenner, que viraram moda através da música e clipes compartilhados aos milhares nas redes sociais.
Do “pivete” ao “funkeiro”
Nos anos 90, a palavra “pivete” era usada pra falar dos jovens da periferia de forma pejorativa no nornais e televisão, deu lugar ao termo “funkeiro”, carregando a mesma discriminação. O preconceito ainda rola forte, os bailes são reprimidos, as letras são criticadas e o funk é sempre associado ao crime, enquanto outros gêneros musicais que falam de sexo e ostentação não sofrem o mesmo ataque. Mas, mesmo com toda essa resistência, o funk cresceu, dominou o Brasil e conquistou espaço na mídia e na indústria musical. Como já diz o verso famoso: “É som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado!”
Funk ostentação: eu posso, logo eu ostento!
Se antes o “funk proibidão” falava da realidade do crime, o funk ostentação chegou com outra visão: luxo, marcas caras e a busca por status. O consumo virou sinônimo de sucesso e inspiração pra muitos jovens da periferia. A critica social é deixada com o enaltecimento do consumo sendo um jeito legítimo de mudar de vida sem entrar no mundo do crime.
Os MCs que saíram do nada e enriqueceram viram inspiração pra quem tem sonhos grandes, mas poucas oportunidades. Como MC Menok cria do Rubem Berta, que se apresenta em grandes festivais e ostenta as marcas, que os jovens desejam.
Mais do que um ritmo, um movimento
O funk não é só sobre música, é sobre identidade, pertencimento e resistência. É a voz das comunidades, que mesmo sendo marginalizadas, seguem criando, inovando e se reinventando.
A verdade é que, por trás da ostentação, tem um desejo profundo de reconhecimento. E, enquanto a sociedade insiste em julgar, o funk segue transformando vidas e mostrando que a quebrada tem voz e quer ser ouvida.
RAP IN CENA
No final de semana dos dias 16 e 17 de novembro, o parque Harmonia recebeu a edição de 10 anos fo Festivals Rap in Cena, considerado o maior festival de hip-hop do Brasil, o evento contou com 70 atrações.
A estimativa de público foi de 25 mil pessoas em cada um dos dias do evento.
Ja Rule, um clássico do hip-hop, e Rich the Kid, representando a nova geração do trap, foram os artistas internacionais que sacudiram a galera. Entre os brasileiros, Djonga, Filipe Ret, Veigh, Duquesa, Mano Brown e Rincon Sapiência não ficaram atrás, sendo as grandes atrações do evento. Além das atrações musicais, o festival terá espaços com batalha de rima, slam, breaking, skate, basquete e boxe. E obras de grafite ao vivo foram feitas durante o evento.
“Estamos mostrando que a cidade de Porto Alegre comporta um festival nacional de hip-hop e que isso fomenta o turismo, a hotelaria, porque vêm muitos influenciadores de fora. Vem gente do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais”, ressalta Guilherme Camerini, sócio e diretor artístico do festival.
A organização do evento entregou 6 mil ingressos solidários, através da Prefeitura de Porto Alegre, para entidades culturais e projetos sociais da cidade.
Os três espaços para o público curtir os shows: o Palco World, o Palco Olimpo e o Palco Tropa do Bruxo, com curadoria de Ronaldinho Gaúcho foram a unanimidade dos participantes, que lotaram a Tropa do Bruxo para dançar e se divertir ao som de MC Menok, MC Duquesa e muito mais. E no palco principal os shows mais aguardados Djonga, Mano Brown e Ja Rule fizeram valer a pena a espera em um sol escaldante com shows épicos.
FUNK, RAP, TRAP UNIDOS CONTRA A DESIGUALDADE
Durante o show de Mano Brown os rappers Filipe Ret, Djonga e Rincon Sapiência subiram ao palco segurando uma bandeira com os dizeres “8 tiros para proteger o capitalismo nuca vai ser legitima defesa é política de extermínio” um ato de solidariedade ao assassinato de Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, criador do grupo Facção Central, que foi assassinado após tentar furtar dois produtos de limpeza na zona sul de SP. A atidude é um exemplo do compromisso que artistas da periferia carregam com sua comunidade, uma luta contra a desigualdade e o racismo.
No dia 03 de novembro de 2024, o policial militar (PM) Vinicius de Lima Britto executou, com ao menos oito tiros, Gabriel que tentou furtar dois produtos de limpeza da loja Oxxo, zona sul de São Paulo. O rapper Eduardo postou um vídeo de domingo à noite que mostra o Oxxo funcionando normalmente com o corpo de Gabriel estendido na calçada, a poucos metros da porta do mercado. Pessoas entram e saem do estabelecimento, um homem passa carregando sua sacola tranquilamente ao lado do jovem morto.
Matéria 3
A periferia é nós por nós
Festa comunitária de natal reuniu a comunidade no Campão da COHAB.
A festa de natal do Campão na COHAB – Rubem Berta como é conhecida carinhosamente a Praça Major Rubem Berta, aconteceu no dia 14 de dezembro e foi realizada através da união dos moradores, comerciantes e coletivos independente, que fizeram diversas atividades para fazer a alegria da criançada no natal da comunidade.
O ponta-pé inicial foi dado pelo Coletivo Nós Por Nós Solidariedade(NPN), o presidente Felipe Fernandes reuniu a Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina, o grupo US Guri do 19, o jornal Fala COHAB, a Escola Grande Oriente, SOS Casa Limpa, Escolinha de Futebol Água Negra e muitos outros colaboradores, que construiram uma grande festa.
A organização aconteceu através de reuniões e um grupo de whats app e com muito trabalho foi possível realizar diversas ações de arrecadação para as crianças.
Os participantes do grupo doaram um valor para locação de brinquedos infláveis, foi organizado um brechó beneficiente na Escola Grande Oriente, a vice-diretora Lucimara Vizzoto doou uma camiseta autografada do Sport Clube Internacional, para fazer uma rifa e completar o valor para a alimentação das crianças, que teve cachorro-quente, bolo, salada de frutas, refrigerante e muitas atrações como pintura de cabelo e rosto, atividades e os amados brinquedos infláveis.
Nem só para as crianças foi a festa, também foram pensadas atividades para os adultos com a presença do Posto de Saúde Rubem Berta, a doutora Carol dentista, que atende no Posto de Saúde da Domênico fez atividade odontológicas para as crianças, teve também várias atrações musicais.
A ação recebeu divulgação nas redes socias e um reforço feito pelo comunicador SeguidorF com uma chamada no Jornal do Almoço para a divulgação e pedido de doações. Para Felipe(NPN) “Esse é um exemplo que a participação popular pode transformar a realidade da periferia com solidariedade e paz”, afirma o líder comunitário.
As festas populares desempenham um papel essencial na manutenção das tradições e na valorização do patrimônio cultural de uma comunidade. Apesar da forte adesão da comunidade, a organização dessas festas enfrenta desafios, como a burocracia para obtenção de licenças e a limitação de recursos financeiros. Para contornar esses obstáculos, muitas comissões organizadoras buscam parcerias com prefeituras, instituições culturais e empresas privadas.
A modernização das arrecadações também tem sido uma tendência, com o uso de redes sociais para divulgar a campanha de financiamento e estimular a participação do público.
As festas populares financiadas pela comunidade demonstram a força da coletividade e a importância da cultura compartilhada. Através da união de esforços, esses eventos continuam a ser realizados, preservando tradições e promovendo momentos de alegria e
integração. Seja através de doações, trabalho voluntário ou patrocínio, o envolvimento da população é fundamental para man
ter viva a essência dessas celebrações.
DESAFIO E COLABORAÇÃO PARA MUDAR O BAIRRO PARA MELHOR
A ideia do grupo é fazer uma festa anual de natal, uma vez que os voluntários sempre ajudam em iniciativas independentes. A mudança começa com as festas comunitárias, mas objetivo é promover a inclusão social e melhorar o bairro.
Mostrando que a união de todos na festa também pode ser usada para resolver os problemas na periferia. Integrar diferentes gerações e promover a auto-organização popular formando um espaços de debate e conscientização das comunidades.
A COMUNIDADE UNIDA FAZ UM BOLO
Muitas mãos construiram um bolo para mais de 1000 pessoas na festa de na
Tudo começou com uma ideia ousada: fazer um bolo gigante para 1000 pessoas para a Festa de Natal do Campão, que surgiu no grupo de whatsapp e todo mundo abraçou a ideia. Era um sonho maluco, mas a vontade de proporcionar um momento doce para todos era maior do que qualquer obstáculo. Foi reunido um pequeno grupo de voluntários para executar a ideia, através das redes sociais e boca a boca. As primeiras doações começaram a chegar: um saco de farinha aqui, alguns ovos ali, e assim nasceu a esperança.
As doações começaram a tomar forma. Algumas padarias cederam ingredientes, mercados locais ofereceram açúcar e leite, e o mercado Morada do Sol ofereceu seu espaço para armazrnar ingredientes, assar massas e fazer reuniões. Foi feito um mutirão, batendo de porta em porta, explicando nosso propósito e pedindo os ingredientes que faltavam. Algumas pessoas que não tinham ingredientes doaram seu tempo, oferecendo ajuda na organização. A Igreja Petencostal Fonte Deus Seja Louvado, localizada no Campão disponibilizou sua cozinha para montar o bolo e os lanches para as crianças. A moradora Dona Elizate contou que “o calor intenso, a falta de utensílios e a preocupação com as quantidades nos desafiaram a cada instante”, mas como é uma doceira experiente deu a ideia de assar em partes menores e uni-las como um enorme quebra-cabeça açucarado e assim foi feito.
O dia começou cedo, o cheiro de baunilha e chocolate tomou conta do espaço,.
As crianças corriam curiosas, ansiosas para ver o bolo. O tempo parecia correr contra nós, mas a energia da comunidade nos impulsionava. Quando finalmente colocamos a última camada de cobertura, o Tom, o artista local, fez a decoração do bolo com desenho dos prédios que simbolizam a COHAB e palavras positivas de esperança.
No final da tarde as fatias foram
distribuidas na festa.
Moradores Transformam Dezembro em Mês de Festa na Periferia
No dia 27 de dezembro foi realizada a festa Natal Luz da Praça México feita através de uma demanda do Condominio Itaborai ao Orçamento Participativo (OP), um processo democrático que permite que a população decida como serão aplicados os recursos públicos na suas regiões.
A atividade foi organizada pela moradora e conselheira do OP Anna Maurman em parceria com diversas lideranças da região. O Natal Luz contou com diversas atrações, teve brincadeiras para as crianças, distribuição doces, brinquedos, apresentações musicais e chegada do Papai Noel. O líder comunitário Cleusi Coelho se fantasiou de papai noel e enfeitou seu carro para o evento e encantou as crianças.
Nas palavras da organizadora “a existência dessas iniciativas reforça o papel das entidades comunitárias na valorização da cultura e na construção de uma sociedade mais participativa, todos juntos podemos mais”, afirmou Dona Anna como é conhecida.
bro de 2024, o Festival Cohab É Só Rap comemorou seus 18 anos de existência com a casa cheia. O evento contou com moradores do bairro, que aproveitaram as diversas atrações as crianças se divertiram nos infláveis, receberam presentes e lanches. Para as famílias foram entregues cestas básicas, itens de limpeza, higiene, utensílios para casa. E as atrações principais do festival os mais de 10 grupos de RAP, a final da batalha do Rubem Berta, o BFN, cria do bairro, e o Eduardo Taddeo, ex- integrante do grupo Facção Central. I evento teve financiamento do Orçamento Participativo e contou com apoio dos parlamentares Roberto Robaina, da Dep. Estadual Luciana Genro , e da Dep Federal Fernanda Melchiona e com apiadores da casa.
O organizador do evento, Tiry, afirma que o objetivo do evento é chamar a atenção da juventude, mostrando alternativas para escolher o melhor caminho a seguir. “Queremos seduzir os jovens para uma cultura de paz, que diga não à violência” afirmou o idealizador do festival.
Matéria 4
UM CARNAVAL DE LUTA
Escola Imperatriz Dona Leopoldina fez um desfile sem dinheiro.
A Escola de Samba Imperatris Dona Leopoldina completou 44 anos de existência e fez um desfile de carnaval sem receber verba pública, ela foi a única escola de samba a não receber o valor anual destinada a prática da cultura no carnaval. A Secretaria da Cultura do Municipio informou que devido a uma dívida trabalhista não foi possível disponibilizar nenhuma parte do recurso para a escola.
A escola de samba possuí muitas dívidas das gestões passadas, que foram se acumulando através dos anos. O débito que impediu a Secretaria da Cutura de repassar o recurso, teve origem em uma ação trabalhista de R$ 45.000(quarenta e cinco mil reais) , feita à 10 anos atrás. Onde um trabalhador entrou na justiça e venceu sem defesa da Escola, pois o representante não compareceu na audiência. Como se passaram 10 anos a dívida ultrapassou R$ 1.000.000,00(um milhão de reais) obrigando a Escola a entrar em um acordo com a punição de penhorar os bens da diretoria caso negasse o pagamento. Foi efetuado então, um acordo com o pagamento de uma entrada utilizando a verba do carnaval e mais um parcelamento através dos anos até sua quitação.
A Imperatriz precisou recorrer a comunidade esse ano para entrar na avenida fazendo eventos na quadra, rifas comunitárias e contando com trabalhadores voluntários para fazer o carnaval acontecer, a presidente da Maria Helena Lemos conta que “ nosso objetivo sempre foi entrar na avenida, sem dinheiro entramos com o que tinhamps em mãos e graças a ajuda da comunidade fizemos um lindo desfile”. Toda a diretoria da Escola, suas famílias e amigos se uniram na construção do desfile antiracista desse ano. No barracão com calor de quarenta graus o dia todo tinham pessos trabalhando, mas era às 18 horas que o número aumentava, principalmente as sextas-feiras
quando as pessoas conseguiam virar a madrugada costurando, colando, martelando e construindo um grande espetáculo, mesmo cansados do trabalho o amor pela Imperatriz não deixava as pessoas se abaterem.
Dentro do barracão os trabalhos seguiram sem descanso “estamos fazendo um carnaval do lixo, a maioria dos itens para construção de carros, alegorias e fantasias estamos reciclando de desfiles passados” afirma Nathiele, que abandonou o emprego para ficar no barracão dia e noite trabalhando para colocar a escola na avenida. Junto com a filha Isadora e sua mãe são três gerações nascidas na Imperatriz, a maioria dos membros da escola creceram na quadra o que torna a escola uma grande família, essa é a força que move os participantes a não desistirem de entrar na avenida e a comunidade conhece e apoia esse movimento. Durante o último ensaio de rua o trajeto do cortejo ficou pintado de laranja, Rosangela, moradora do bairro afirma com convicção enquanto segura seu bisneto “nós somos todos uma familia e na dificuldade todos damos as mãos e quando aquela sirena tocar nada vai nos parar, vamos entrar na avenida” .
Nota da prefeitura
de Porto Alegre
A Secretaria Municipal da Cultura sempre atuou com transparência, seriedade e responsabilidade, mantendo um diálogo aberto e respeitoso com todas as entidades culturais – entre elas, a escola Imperatriz Dona Leopoldina.
Em diversas oportunidades, representantes da agremiação e seus advogados foram recebidos pela secretária Liliana Cardoso, em busca de esclarecimentos e soluções cabíveis para a situação.
É fundamental esclarecer que a impossibilidade de liberação dos valores mencionados decorre de mandados de penhora judicial de credores da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, que impõem restrições legais intransponíveis à Administração Pública.
As dívidas acumuladas pela agremiação atingem um valor expressivo, o que exige cautela e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, reitera que jamais agiria em desacordo com a legislação vigente, e sempre respeitando a decisão do Poder Judiciário.
A secretaria destinou fomento de R$ 3 milhões para as agremiações carnavalescas. A Secretaria Municipal da Cultura segue comprometida com a valorização da cultura e do carnaval, dentro dos limites legais e das responsabilidade que cabem à Administração Pública.
A Cor do Futebol
A Imperatriz Marca um Gol Contra o Preconceito Racial
Com tema mostrando a luta contra o preconceito racial no futebol, a Imperatriz entrou na avenida às 06:20 da manhã de domingo, fechando o desfile do grupo ouro e arrastando uma multidão emocionada na sua saída. O debate sobre o racismo no futebol criado pelo carnavalesco Luiz Augusto Lacerda foi um show de cores na avenida, trouxe a ala de passistas vestidas de gre-nal, uma crítica a demonização das religiões de matriz africana na figura feiticeiro e galinha preta, uma fala racista comum quando o time do Sport Clube Internacional vencia as partidas, desmerecendo o talento e evidenciando o preconceito dando mérito da vitória a “macumba”.
O enredo foi desenhado junto ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, uma entidade criada por Marcelo Carvalho, que busca além de denunciar os casos de racismo no futebol acompanhar o que está sendo feito com esssas denúncias, o portal com os dados se tornou uma referência na busca por caminhos para um esporte antirracista. A escola destacou a exclusão histórica de jogadores negros, a resistência das ligas negras e a ascensão de ídolos como Pelé, Barbosa e Tesourinha. Homenageou também clubes como Vasco da Gama, reforçando que a batalha contra o racismo ainda não acabou. No desfile, o futebol se torna símbolo de resistência e a Imperatriz veste o laranja da luta antirracista.
Agradecimento emocionado do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, na pessoa de Marcelo Carvalho feito a escola mostra também a importância do carnaval para a construção de uma sociedade mais justa:
Sentimos que a sociedade avançou no entendimento sobre racismo nos últimos anos. Em relação ao futebol, nos orgulha o fato de em nossos quase 11 anos de trabalho termos feito parte desse movimento tão importante ao povo negro. Depois de respirar e processar o lindo desfile apresentado pela Imperatriz Dona Leopoldina, só podemos agradecer por tamanha consideração e coragem em levar um tema tão importante à avenida do samba porto-alegrense.
Avançar não significa que tudo está perfeito. Sabemos que ainda não temos punições adequadas para os casos de racismo no futebol. Mas temos muita gente trabalhando para que mais avanços aconteçam.
Por isso, ter o nosso trabalho reconhecido do modo que a Imperatriz fez é sim motivo de comemoração. Demos um importante passo para levar o debate além da nossa bolha. Fizemos uma excelente união entre o futebol e o carnaval. Na verdade, não há palavras que possam descrever a nossa felicidade e gratidão. Só nos resta dizer: Obrigada Imperatriz Dona Leopoldina!
Matéria 5
PRIMEIROS ROLÊS DO AMOR
O início da vida sexual de adolescentes seus desafios e orientações
O bairro Rubem Berta segue a tendência mundial de baixa natalidade, cada vez nascem menos crianças, mas o início da vida sexual acontece cada vez mais cedo, em uma pesquisa com adolescentes alguns tiveram sua primeiras experiências aos 11 anos, em plena infância. Essa experiência é influenciada por diversos fatores, como o contexto socioeconômico, acesso à informação, estrutura familiar e políticas públicas. Este artigo busca discutir os desafios e a realidade desses jovens diante da iniciação sexual, além de oferecer orientações para uma vivência mais saudável e consciente.
A falta de informação qualificada sobre educação sexual, aliada a tabus familiares e culturais, pode resultar em iniciação precoce, muitas vezes sem o devido conhecimento sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gestação indesejada, os adolescentes ficam desasistidos, “minha primeira vez doeu tanto que pensei, que iria perder meu pênis” M.S.J aluno de ensino fundamental, 15 anos, informa que a primeira vez foi aos 13 com uma menina de 13 anos também.
Em regiões periféricas, a escola e os serviços de saúde nem sempre conseguem atender adequadamente às demandas dos jovens. Além disso, a sexualidade é frequentemente influenciada pela mídia, redes sociais e pela própria dinâmica comunitária, onde padrões de comportamento podem ser moldados pela pressão dos pares. A jovem afirma “eu já tentei 2 vezes, mas doeu demais, agora vou esperar” A.F.T 14 anos, aluna de ensino fundamental.
Do ponto de vista emocional, a maturidade para lidar com os aspectos psicológicos da sexualidade nem sempre está presente. Questões como autoestima, pressão social e experiências negativas podem gerar impactos profundos no desenvolvimento emocional dos adolescentes.
Uma das principais formas de reduzir os riscos e promover uma vivência mais saudável da sexualidade é através da educação sexual. A escola tem um papel fundamental nesse processo, oferecendo informações claras e acessíveis sobre corpo, relações saudáveis, prevenção de doenças e direitos sexuais e reprodutivos.
O diálogo dentro de casa também é
essencial. Famílias que abordam a sexualidade de maneira aberta e sem preconceitos possibilitam que os jovens tomem decisões mais conscientes e seguras.
É fundamental que haja políticas públicas que garantam o acesso a métodos contra contraceptivos, atendimento especializado e programas de orientação para adolescentes. Postos de saúde e centros de atendimento juvenil desempenham um papel vital na disseminação de informação e apoio aos jovens.
Iniciação Sexual com Pessoas Mais Velhas: Experiência ou Risco?
Na nossa pesquisa identificamos que a maioria iniciou relações com uma pessoa mais velha, a maioria jovens, porém com experiência diversa,. Para muitos adolescentes, o envolvimento com alguém mais velho pode parecer um atalho para a maturidade. A diferença de idade pode trazer uma sensação de status, proteção ou até mesmo vantagens materiais. Em alguns casos, é incentivado por amigos ou até familiares, como se fosse um “rito de passagem”.
Por outro lado, há um grande desequilíbrio de poder nessas relações. O mais velho costuma ter mais experiência, controle e influência, o que pode levar a situações de abuso, manipulação ou pressão para fazer algo sem estar pronto.
Questão legal: quando é abuso?
No Brasil, a lei é clara: qualquer relação sexual entre um adulto e um menor de 14 anos é considerada estupro de vulnerável, mesmo com consentimento. Já entre 14 e 17 anos, a relação pode ser analisada caso a caso, levando em conta o grau de influência e poder do adulto.
O que você precisa saber antes da primeira vez
CONHEÇA SEU CORPO
Você conhece o seu corpo? Conversa com ele? Muitas garotas não têm o costume de se tocar, de conhecer cada partezinha do corpo de que é dona. É observando-o e sentindo-o que você percebe que ele não é mais infantil e passa a entender quais os seus desejos e as suas zonas de prazer.
Sim, estamos falando de masturbação! Não tenha vergonha. É o momento de você conhecer o seu erotismo e tirar prazer do próprio corpo. É algo super saudável, pois sabendo ter prazer consigo mesma é mais tranquilo ter prazer com o outro. Daí você vai entender o quanto seu corpo está amadurecido e pronto para uma relação sexual.
MENSTRUAR NÃO DETERMINA QUANDO TRANSAR
É um grande mito dizer que ao entrar na fase da menstruação, automaticamente a garota está pronta para a primeira relação sexual. Não é assim! Tem muitas meninas que menstruam muito jovens, com 10 anos, por exemplo.
O início da vida sexual, tanto para a menina, quanto para o menino, não é algo somente hormonal. Os fatores emocionais também são muito importantes! O momento certo é quando você já está bem com seu corpo e se sente pronta para ter intimidade com outra pessoa.
TENHA CONSCIÊNCIA DOS
RISCOS
Ninguém precisa ter medo, não! Mas é importante saber que há alguns riscos envolvidos no sexo. Sim, estamos falando de gravidez não intencional e infecções sexualmente transmissíveis. O negócio para lidar com isso é ser consciente. Sabendo dos riscos, você pode preveni-los
RESPONSABILIDADE COM VOCÊ
A pessoa com quem você mais deve se preocupar no sexo não é o outro e sim você mesma. E ser responsável com você passa por um monte de coisas: desde se informar para tomar os cuidados necessários para ter uma vida sexual saudável, até respeitar seus limites.
Além disso, a responsabilidade na cama passa pela vida fora dela. Um bom exemplo é com relação ao uso da pílula anticoncepcional. Muitas meninas começam a tomar, mas não têm a responsabilidade devida para tomar diariamente e da forma correta, e acabam esquecendo, o que deixa a pílula bem menos eficaz e aumenta os riscos.
USE CAMISINHA!
Não tem essa de não querer usar preservativo! É algo extremamente necessário. Seja namoro, ficante ou amigo, a camisinha é peça fundamental em uma relação sexual. Se o garoto não quiser usar, você pode usar a camisinha feminina que é tão eficaz quanto a camisinha tradicional. Ela ainda é pouco conhecida, por isso há pouca demanda, então não é difícil de encontrar, até em pontos de distribuição gratuita.
Lembrando que tomar pílula não acaba com a necessidade da camisinha, porque a pílula não previne doenças!
E sem esquecer quando rola aquele apelo emocional. Um papo do garoto de “Ah, se você quer mesmo ficar comigo…” ou “Se você me ama…”. Não caia nessa! Ame o seu corpo primeiro. Esse papo não tá com nada!
Se me ama, a prova de amor é o uso do preservativo.
NÃO É PARA DOER
Você já deve ter ouvido que “é normal” doer na primeira vez. Mas não. O sexo não pode ser algo doloroso, mesmo que na primeira vez. É um grande mito. Pode ser que se sinta um certo desconforto, mas não dor. Daí a importância de você estar bem preparada, conhecendo o seu corpo e sabendo que existe um hímen, que pode ser rompido, ou não, necessariamente.
A dor, muitas vezes, acontece quando não há uma lubrificação adequada – e às vezes é preciso tempo mesmo para que a vagina fique lubrificada. O importante é estar tranquila, sem pressa e respeitando o tempo do seu próprio corpo.
Claro que um pouco de nervosismo e ansiedade vão estar presentes. Daí uma saída é usar um lubrificante à base de água para ajudar. Mas tem que tirar esse mito de que a primeira vez dói. O ato não é para ter dor, mas sim ser prazeroso! Inclusive, pode sangrar sim, mas isso também não é obrigatório, tá?
TODO MUNDO TEM QUE GOSTAR
Pode parecer óbvio, mas vale lembrar que o sexo deve ser prazeroso para todo mundo envolvido. Se está ruim, doendo ou desconfortável, não é obrigação sua continuar só para agradar a outra pessoa. Nesse momento, a parte de conhecer seu corpo é muito importante: assim você saberá dizer do que gosta e ajudar seu parceiro ou parceira a te proporcionar prazer também
SEXO ORAL É SEXO!
Pode ser que algum cara tente te convencer a fazer sexo oral “para não perder a virgindade”. Nessas horas é importante saber que sexo oral é sexo também. Tudo bem querer fazer, mas isso deve ser uma escolha sua.
PARA QUEM CONTAR?
A confidencialidade é uma escolha sua! Pode ser bom compartilhar um momento importante da sua vida, com uma amiga íntima, melhor amiga, sua mãe ou alguém em quem confia. É um sinal de que você tem pessoas que fazem parte da sua vida e que são importantes para você e é recíproco.
O importante é dividir isso com pessoas que sejam do seu círculo de confiança, com quem você tenha um vínculo positivo e saudável. E o melhor é que essa conversa, muitas vezes, pode até ser antes da relação sexual em si, e acaba servindo para você tirar dúvidas e compartilhar preocupações.
E SE NA HORA EU NÃO QUISER MAIS?
Agora, atenção! Disse que queria e mudou de ideia? Perdeu a vontade? Ficou desconfortável? Sentiu dor? Pode parar, sim! A qualquer momento. É melhor parar e tentar outra hora e está tudo bem. Isso acontece e muito! Afinal, é a primeira vez. É normal estar um pouco nervosa e ansiosa. Para isso é importante que você tenha intimidade e confie na pessoa que estará com você, para saber entender e respeitar sua decisão.
Matéria 6
O DIA DAS MULHERES É TODOS OS DIAS
Comemorações e lutas marcam o mês das mulheres na comunidade.
realizou uma ação em comemoração ao mês da mulher, além de fotografias com as maães alunas poderam manifestar seus desejos e anseios em cartazes fixados na área da escola. Em um mural as alunas colocaram frases respondendo a pergunta “sou uma mulher porque”, nesse espaço se repetia a palavra guerreira, diva e também as angústias das jovens meninas como a frase “tenho medo de sair sozinha”. Os dizeres mostram o reflexo da dificuldade das mulheres na sociedade atual, houve muita modernização no combate a violência de gênero como a Lei Maria da Penha e a delegacia da mulher, porém falta ainda muito para alcançar uma sociedade sem violência contra mulheres.
O bairro Rubem Berta ficou em segundo lugar nos números de violência contra a mulher em Porto Alegre, com um total de 582 casos em 2023, perdendo apenas para o bairro Restinga( números da Secretaria de Segurança do Estado). O IBGE aponta que a maioria dos domicilios do bairro são comandados por mulheres, então elas estão sustentando a casa e sendo agredidas. Existem diversos canais de acolhimento e denúncia, as mulheres não estão sozinhas, procure ajuda.
Dia Internacional
da
Mulher
A data omemorado em 8 de março, tem origem nas lutas femininas por direitos, especialmente melhores condições de trabalho, igualdade e participação na sociedade. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, mas sua história começa bem antes.
Existem diferentes versões sobre a escolha do dia, mas a mais aceita está ligada a protestos e reivindicações femininas que ocorreram no final do século XIX e início do século XX.
1911 – Incêndio na Triangle Shirtwaist Factory: No dia 25 de março de 1911, em Nova York, um incêndio em uma fábrica têxtil matou mais de 140 trabalhadoras, muitas delas imigrantes. As portas estavam trancadas para evitar pausas no trabalho, impedindo que as mulheres escapassem. O caso gerou grande revolta e impulsionou a luta por direitos trabalhistas.
1917 – Protestos na Rússia: No dia 8 de março de 1917, um grupo de operárias saiu às ruas de Petrogrado (atual São Petersburgo) para exigir melhores condições de vida, pão e paz. Esse protesto foi um dos eventos que levaram à Revolução Russa. Anos depois, o governo soviético declarou essa data como o Dia da Mulher.
Em 1975, a ONU reconheceu oficialmente o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, destacando sua importância na luta por direitos e igualdade.
Atualmente, o Dia da Mulher não é apenas uma comemoração, mas um momento de reflexão sobre os avanços conquistados e os desafios que ainda existem. A luta por igualdade salarial, direitos reprodutivos, combate à violência de gênero e maior representatividade ainda é necessária em muitos lugares do mundo.
Professora Simone Flores, a responsável pela ação, posa com uma aluna no seu bambolê estilizado.
Mais do que flores e homenagens, o 8 de março é um dia para reforçar a luta por respeito, dignidade e oportunidades iguais para todas as mulheres!
CANAIS DE DENÚNCIA
Disque 180
1ª DELEGACIA ESPECIALIZADA DE PROTEÇÃO À MULHER
E-mail: poa-dm@pc.rs.gov.br
Telefone: 51. 3288-2172
Endereço: Av. Ipiranga, 1803. Porto Alegre/RS. Palácio da Polícia.
SALA DAS MARGARIDAS PORTO ALEGRE
Telefone: 51. 3288-2172
Endereço: Rua Prof. Freitas e Castro, 720 – Porto Alegre.
Patrulha Maria da Penha – atendimento de Segundas-feiras à Sextas-feiras, mediante encaminhamento do Juizado de Violência Doméstica e Familiar.
Eixo Baltazar – Telefone (51) 98557-1196
Ministério Público/RS
CAO da Mulher: Centro de Apoio da Mulher
Telefone: (51) 3295-1137/ 3295-2125 /3295-1217
Promotoria de Justiça Especializada de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Porto Alegre
Local: Rua Santana, 440, 8 andar, Santana, Porto Alegre.
Horário: Segunda à sexta, das 9h30min às 18h
Telefone: (51) 3295-8585
Atendimento a mulher por
aplicativo
Polícia Civil do Rio Grande do Sul também tem um WhatsApp para atendimento.
O número é 51 98444-0606. O serviço é anônimo e sigiloso.
Ocorrências também podem ser registradas pela Delegacia Online da Mulher.